Crítica: Top Gun: Maverick

"TOP GUN: MAVERICK" - 2022

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A nostalgia oitentista se tornou o marco das produções hollywoodianas das ultimas décadas e com intuito de atrair fãs de filmes como Caça-fantasmas, Conan, Mad Max entre outros,  chegou o momento de Tom Cruise produzir e estrelar o filme ícone que alavancou a sua carreira em meados dos anos 80, Top Gun ases indomáveis, agora com codinome Top Gun Maverick, dando ênfase ao seu personagem. 

Trinta anos depois, os aviões barulhentos voltam a percorrer os céus com a mesma adrenalina nostálgica de Tony Scott, só que com um pouco de glamour. O glamour foi tanto, que os aviões aterrissaram em solo francês no Festival de Cannes, sendo ovacionado por cinco minutos. 

Graças ao talento de Tom Cruise, que aos 59 anos atua com maestria um dos seus personagens pelo qual ele tem certa admiração. É perceptível notar o quanto Cruise se sente a vontade interpretando Maverick com o mesmo carisma de trinta anos atrás.

Esses aplausos de cinco minutos em Cannes também são pelo mérito do cineasta Joseph Kosinski (Tron o legado, Oblivion) que entrega um material digno para nenhum fã botar defeito. Cenas que se auto repetem, como o jogo de futebol na praia, o trabalho fotográfico, trilha sonora “Danger zone”, um acerto de contas com o drama do passado e o romance com Jennifer Connely, um dos personagens novos dessa continuação.

O ato falho da produção, foi dispensar a presença da atriz  Kelly McGillis e o motivo pelo qual não foi convidada para fazer parte da continuação, conforme Kosinski disse, ele não queria que toda historia estivesse sempre olhando para trás.

 Não foi bem isso que Kelly afirmou nos tabloides americanos. Ela disse que já está gorda e velha para se adequar aos padrões estéticos de Hollywood. 

Kosinski ficou na saia justa e para apaziguar o mal entendido de não olhar para trás, decidiu brindar os fãs com uma cena ícone com Val Kilmer e Tom Cruise, que certamente irá emocionar à todos. Para quem não sabe o ator Val Kilmer sofre de um câncer na garganta e teve sua voz transmitida por inteligência artificial. 

Por mais que as cenas tenham uma redoma de clichês, não desmerece o filme em si. Tudo acaba sendo recompensado pelas cenas de ação com os aviões supersônicos que causam tensão a cada novo treinamento. A sinopse lembra os episódios de Missão Impossível.

 Maverick precisa treinar jovens pilotos do Top Gun para uma missão de detonar uma base secreta com uranio em um país, o qual não é citado. Mesmo sendo previsível, a tensão é mantida a cada vôo. E mesmo  os que não são nostálgicos oitentistas podem se surpreender com o novo Top Gun Maverick.

Crítica por: Luiz Fernando Treviso

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