Crítica: Hunter Hunter

"HUNTER HUNTER" - 2020

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Um filme de terror surpreendente que cria uma atmosfera aparentemente monótona sobre uma família que mora na floresta e que é atacada por um lobo da região, mas isso é apenas o começo de uma história com um final assustadoramente inteligente.

Na história acompanhamos a vida da família de Mersault (Devon Sawa excelente), um caçador de peles que vive como um ermitão em sua cabana, acompanhado de sua esposa Anne (Camille Sullivan surpreendente) e filha Renee (Summer H. Howell). Eles vivem a margem da sociedade em uma terra de reserva florestal, vende peles de animais para revendedores locais e geralmente se alimentam de sua caça ou cultivo de subsistência. A filha do casal realiza seus estudos em casa sem quase nenhum contato com o mundo exterior. Ela acompanha o pai em suas caçadas em meio a floresta.

Anne tem a esperança de um dia conseguir convencer o marido a abrir mão desse estilo de vida e voltar para a cidade, no entanto, Mersault mantém a idéia fixa de viver em íntimo contato com a floresta. Em um belo dia, pai e filha começam a encontrar suas armadilhas na floresta com suas caças roubadas por outro animal maior. Mersault desconfia que um lobo esteja rondando a região.

Ele insiste para que a esposa e filha permaneçam dentro da cabana enquanto ele sai à caça do lobo solitário. Durante sua caçada, Mersault encontra um cenário de horror e tortura em meio a floresta, com vários corpos de mulheres mutilados e estágio avançado de decomposição, alguns deles ainda amarrados a troncos de árvores. Ele começa a desconfiar da presença de outro tipo de predador na floresta.

A atmosfera de tensão vai em um crescente acompanhada pelo silêncio da floresta e da escuridão da noite. Anne e Renee acabam tendo um insólito encontro com o suposto predador de quatro patas, deixando-as atordoadas e desamparadas pela falta de Mersault. Os dias passam e o caçador permanece desaparecido, aumentando a expectativas das mulheres e dos expectadores. 

Durante uma noite sombria, Anne encontra em meio a floresta o corpo de um homem inconsciente com ferimentos nas pernas. Ela o abriga em casa na esperança deste ter informações sobre o paradeiro do marido. 

Uma bela e sinistra fábula sobre o lobo na pele de cordeiro que reserva um final horripilante para os expectadores sedentos por sangue. Nunca no cinema houve um momento de desmascaramento tão chocante e literal quanto este construído pelo diretor Shawn Linden.

Crítica por: Fabio Yamada.

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