Crítica: A House On The Bayou

"A HOUSE ON THE BAYOU" - 2021

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Um filme de terror psicológico que tenta surpreender ao criar uma atmosfera de mistério e suspense ao redor de personagens excêntricos.

A história começa de forma banal com Jessica (Angela Sarafyan) enfrentando seu marido John (Paul Schneider) após a confirmação de que ele está tendo um caso extraconjugal. Ela afirma que não deseja o divórcio, pede para que ele termine o caso com a amante e propõe que eles e a filha Anna (Lia McHugh) façam uma viagem de conciliação familiar.

A família então sai de Houston em direção a uma isolada mansão na remota Louisiana. Jessica apesar de desejar manter o relacionamento, não consegue perdoar o marido e vive atormentando-o de todas as formas possíveis como numa punição eterna. Ela obriga o marido realizar compras num mercado local. John leva a filha junto, mas acaba por não comprar a vitela que a esposa tanto deseja. No mercado, Anna conhece Isaac (Jacob Lofland) que é neto do dono do mercado (Doug Van Liew).

Após um inusitado convite para jantar, Isaac e seu avô acabam invadindo a casa do casal e preparando a tal da vitela, que Jessica tanto queria. No entanto, o estranho comportamento de Isaac começa a incomodar Jessica que acaba por expulsar os convidados de sua casa. Para a surpresa do casal, os convidados recusam-se a abandonar a casa e preparam uma surpresa sangrenta para os anfitriões.

O mistério a respeito dos truques e conhecimento sobre a casa de Isaac e seu avô surpreendem o expectador. No entanto, a situação acaba por se esticar demais e vai perdendo a força com o passar do tempo. Várias reviravoltas sem sentidos são adicionadas a trama, deixando o público incrédulo.

Uma trama de contrato para assassinato mistura-se com poderes paranormais da dupla invasora. A presença de um quarto escuro na casa de difícil acesso e a chegada da amante de John servem ainda para bagunçar mais um roteiro já confuso. 

O grande destaque do elenco é o ator que interpreta Isaac que consegue criar algumas camadas, mesmo que ilusórias para seu personagem. O demais atores e personagens circundam pela trama sem acrescentar quase nenhuma empatia para com o público. 

Finalmente, quando as verdadeiras intenções das duas entidades invasoras se revelam, a atmosfera de medo e suspense já se dissiparam por completo, o público não sabe ao certo se as risadas que advém da cena decorrem de um verdadeiro humor ou somente pelo constrangimento da cena final.

Crítica por: Fabio Yamada.

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