O Poderoso Chefão Completa 50 anos

 Aniversário de um dos grandes clássicos do Cinema



    Baseado no livro homônimo de Mario Puzo, Francis Ford Coppola fez uma belíssima adaptação para o cinema, criando um dos maiores clássicos do cinema. No dia 14 de Março de 1972 foi lançado o filme que mudou a carreira de Coppola para melhor, antes ele só havia feito filmes de menores expressão. Depois do sucesso de público e crítica de O Poderoso Chefão (The Godfather) sua carreira ascendeu. Além dele a carreira de Al Pacino e Diane Keaton também foi alavancada, e Marlon Brando mostrou que ainda tinha lenha para queimar fazendo talvez uma de suas melhores performances no cinema.

    Não podemos deixar passar em branco a fotografia magnífica de Gordon Willis fazendo quase um chiaroscurro, que também pode ser interpretado como uma alusão ao lado sombrio e o lado "claro" dos personagens. 
    Além da fotografia a Trilha musical de Nino Rota se torna tão icônica quanto o filme.




    O livro foi lançado em 1969 antes do filme, e o seu sucesso fez com que Coppola sentisse uma certa pressão na execução do filmes. Mesmo com as diferenças entre o livro e os filmes, ainda sim é uma ótima adaptação. No livro Puzo explora mais o universo de alguns personagens não recebem tanto espaço nos filmes. Ele até ouso em fazer clara denuncia de pedofilia em Hollywood, quando Tom Hagen vai negociar com um figurão do cinema que não quer mais deixar Johnny Fontane trabalhar. O que obviamente não aparece no filme.
   Johnny Fontane recebe muito mais espaço no livro: (spoiler do livro) ele consegue o filme que queria e depois Don Corleone financia outros filmes dele.

    O livro tem um final aberto de certa maneira com Michael Corleone fazendo sua vingança contra as outras famílias de Nova York e partindo com todos para o Oeste da América, com a promessa de que deixaria todos os negócios da família em negócios limpos.
    Já no terceiro filme, lançado 16 anos depois do segundo filme, é praticamente apócrifo, não tem nada dos livros. Porém, dá uma outra dimensão para toda a franquia pelo seu final. E apesar da atuação sofrível de Sofia Coppola, e dos maneirismos dos anos 90, ainda é um bom filme.

    Em Abril teremos a estréia da minissérie "The Offer", obra de ficção sobre alguns bastidores da produção do clássico em questão.

Por Felipe Scripnic

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