"PLANETA FANTÁSTICO” OU "PLANETA SELVAGEM" - 1973
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Um animação que mistura ficção cientifica e fantasia envolta em uma atmosfera sombria que venceu o prêmio Grand Prix em Cannes.
A década de 70 é marcada pelo gnosticismo, uma mistura de misticismo e pensamentos filosóficos. Muito antes de filmes gnósticos pop como Matrix, o cinema produziu o planeta dos macacos, o homem que caiu na terra e Zardoz.
Nessa animação fantástica acompanhamos a rotina de um planeta dominado pelos Draags, seres humanoide azuis gigantes carecas e com guelras no lugar da orelhas ( inspiração para o Avatar?). Ele dominam uma tecnologia avançada e tem a capacidade de meditar, sua mente consegue desconectar do corpo e flutuar pelo ar.
Os Draags escravizam pequenos seres semelhantes aos humanos, chamados de Oms, transformando-os em animais domésticos, pets. As crianças Draags brincam com os Oms, construindo casinhas e figurinos para eles.
O planeta sofre de infecções periódicas de Oms, que devem ser exterminados (dedetizados) de vez em quando.
Nós acompanhamos a vida de um desses Oms, Terr, desde a infância até a idade adulta. Ele fica órfão após a morte da mãe, que é morta por uma criança Draag, ele acaba sendo domesticado por uma família Draag e recebe uma coleira de contenção. Terr cresce na companhia de ..., uma menina Draag que o protege. Terr adquire conhecimento da cultura Draag através de uma tiara. Ele foge e encontra abrigo entre os Oms selvagens em um parque. Terr organiza um revolta se utilizando da tecnologia Draag e consegue fugir para o planeta Selvagem, batizado com seu nome Terr.
O filme apresenta várias criaturas fantásticas, dignas de Guerra nas Estrelas, que compõem um universo bem particular. As cenas de violência gráfica, que ilustram o extermínio dos Oms, soam extremamente cruéis no mundo de hoje.
Um filme imperdível por retratar a liberdade de pensamento da década de 70, longe do politicamente correto, é que serviu de inspiração para várias animações fantásticas posteriores. Um marco no universo das animações.
Crítica por: Fabio Yamada.
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