Crítica: 666 Park Avenue

"666 PARK AVENUE" - 2021

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Um antigo seriado da ABC que tenta dar uma nova roupagem as mitológicas lendas sobre o pacto com o diabo. O inferno agora ganha endereço certo com direito a CEP e tudo. E nada melhor que situa-lo em famoso edifício chamado Drake em um dos mais requintados endereço de Manhattan, na Park Avenue em frente ao Central Park.

O dono do edifício e inquilino da maior parte dos residentes deste edifício infernal é Gavin (Terry O’Quinn) que é casado com a belíssima Olívia (Vanessa Williams). Na terra do sonho americano nada melhor do que um edifício que promete os apartamentos dos sonhos além de um contrato que oferta a concretização de todos os seus desejos, sexo, dinheiro, poder, fama ou vingança, com uma pequena contra-partida, a sua alma. Afinal, se você já chegou até esse endereço ela não deve valer muita coisa mesmo.

Este é o caso do jovem casal vindo do interior formados pelos namorados Henry (Dave Annable) e Rachel (Jane Van Veen), ela uma ambiciosa arquiteta que se candidata a vaga de zeladora do edifício mesmo sem ter nenhuma experiência no ramo e ele um jovem advogado com ambições políticas. No edifício eles conhecem seus novos vizinhos de almas perdidas, como Brian (Robert Buckley) um dramaturgo com peças de sucesso na Broadway e sua esposa Louise (Mercedes Mason) uma fotógrafa em ascensão. Alguns outros moradores ilustres como Nona (Samantha Logan) como uma cleptomaníaca clarividente ou Maris (Whoopi Goldberg) como uma terapeuta espiritual.

Lógico que não poderiam falta os residentes de outras dimensões do edifício, sejam eles espíritos de assassinos sanguinários, femme fatales viuvas negras ou membros de uma seita caça-fantasmas. O porão ao lado da lavanderia coletiva que possui um maravilhoso mosaico esquecido com a estampa de um dragão (Drake lembra? fogo - inferno - demônio pegou?) reserva uma enorme surpresa a nossa candidata a arquiteta do ano, com uma escadaria em espiral que leva direto as profundezas do inferno ou seja lá o que for.

Tudo isso relacionado a um ritual macabro realizado por adoradores de satã há décadas atrás no porão do edifício. Lógico, que temos um mistério relacionado ao passado da nossa nem tão inocente Rachel, um pacto entre o diabo e seu ambicioso noivo que deseja se tornar prefeito da cidade através de métodos poucos éticos, além é claro de uma futura gravidez com direito ao nascimento do anticristo. 

Temos um momento de revelação próximo ao final da temporada digno de Darth Vader (Eu sou seu pai), além de uma filha pródiga que volta dos mortos afim de se vingar do diabo e sua mãe maquiavélica. Uma verdadeira novela mexicana fantasiada de Halloween. Isso não foi exatamente um elogio.

Crítica por: Fabio Yamada.

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