Crítica: Love, Death & Robots

"LOVE, DEATH & ROBOTS" -  2021

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Nesse novo conjunto de curta-metragens de animação da série antológica na Netflix somos apresentados a um grupo de produções mais enxuto e uniforme. Temos muito humor, violência e drama em cada uma das produções todas de qualidade técnicas excelentes. Alguns grandes astros do cinema emprestam sua voz e permitem a captação de seus movimentos afim de criar personagens extremamente carismáticos.

No primeiro episódio somos apresentados a um robô aspirador de pó que libera seus instintos assassinos em meio a um condomínio para idosos.

No segundo somos apresentados a uma colônia de humanos fora da Terra, onde dois irmãos voltam a se conectar através de uma experiência de vida e morte em cima de uma plataforma de gelo.

No meu episódio favorito, somos apresentados a uma sociedade do futuro distópica onde as pessoas vivem para sempre não havendo lugar para novos nascimentos e quem infringe a lei acaba sendo executado assim como sua prole. Uma releitura muito bela e inteligente do clássico “Blade Runner”.

No quarto episódio mergulhamos no cenário de “Star Wars” onde o mutante Snow está sendo perseguido por mercenários em busca de sua carga genética.

No episódio mais assustador somos apresentados a um passageiro de um trem que ao desembarcar em um parada temporária se depara com monstros assustadores que se escondem atrás da grama alta.

Num episódio sarcástico crianças inocentes aguardam o Papai Noel descer da lareira na véspera de Natal, mas a figura mística não é exatamente como eles esperavam.

Em um episódio com a participação de Michael B. Jordan somos lançados em uma narrativa não linear que reconstrói uma batalha espacial.

No último e mais melancólico episódio somos apresentados a um escritor que observa a deterioração lenta e mórbida do cadáver de um gigante que encalhou em uma praia do litoral britânico.

Cada um desses episódios evocam diferentes sentimentos no espectador, mas todos tem sua beleza única ressaltados pelas diferentes técnicas de animação que surpreendem pela semelhança com imagens de filmes live-action. Em alguns episódios esquecemos completamente que estamos diante de um filme de animação.

A série criada por Tim Miller, David Fincher, Jennifer Miller e Josh Donen merece ser apreciada com atenção, mesmo que não resistamos a assistir todos os episódios de uma só vez.

Crítica por: Fabio Yamada.

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