Crítica: Em Defesa de Jacob

"EM DEFESA DE JACOB” - 2020

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Um belo trabalho do norueguês Morten Tyldum. Uma minissérie que mistura gêneros de suspense, policial, filmes de tribunais e drama psicológico e familiar. Impossível não embarcar na trajetória dos personagens e querer desvendar o mistério.

Na história, acompanhamos a família Barber. Andy (Chris Evans, surpreendente) é um promotor de justiça frio e distante. Ele é casado com Laurie (Michelle Dockery, fantástica) e pai de Jacob (Jaeden Martell, fabuloso) formando a família aparentemente perfeita. O assassinato de Ben (Lian Kilbreth) um colega da classe de Jacob, traz a tona vários segredos da família Barber, que envolve um avô aprisionado acusado de assassinato, Billy (J.K. Simmons, sempre competente) e predileções sádicas em sites da internet de Jacob. 

A história é apresentada em duas linhas temporais, uma na qual Andy é interrogado por Neal (Pablo Schreiber, intimidador) após o julgamento de Jacob e outra na qual somos apresentados aos fatos ocorridos durante a investigação e o julgamento de Jacob pelo ponto de vista de Andy.

A cada episódio somos apresentados a uma nova surpresa, que nos faz desconfiar cada vez mais da culpa de Jacob. Ele é acusado pelo assassinato, Andy tem que se afastar das investigações. Os colegas de classe acusam Jacob do assassinato, as memórias de Laurie sobre o comportamento de Jacob e as avaliações de uma terapeuta geneticista apontam para uma tendência violenta do menino. Um plot paralelo apresenta Leonard Patz (Daniel Henshall), um pedófilo acusado de assédio sexual que possui fotos de Ben no seu celular, criando a possibilidade da inocência de Jacob.

Esse thriller psicológico com forte carga dramática e recheado de mistérios, apoiado em um elenco fabuloso, proporciona o produto perfeito para ser maratonado (binge-watching). No entanto, a apple TV+ liberou um capítulo por semana desencadeando uma crise de ansiedade em mim. Eu não fui capaz de resistir e tive de recorrer ao livro homônimo escrito por William Landay (E você vai conseguir resistir?). Uma obra poderosa que não oferece respostas fáceis.


Crítica por: Fabio Yamada.

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