Crítica: "Dota: Dragon's Blood"

"DOTA: DRAGON’S BLOOD" - 2021

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Uma produção inspirada em um game chamado DOTA da Valve que surpreende pela capacidade de nos transportar para esse universo fantástico, cheio de dragões, demônios e elfos, criando elos de empatia entre os personagens e o público, mesmo aquele que desconhece completamente o universo dos games como eu.

Trata-se de anime que tem como protagonistas Davion, o Cavaleiro Dragão e Mirana, a Princesa do Bosque de Nightsilver. A jornada destes dois personagens se cruzam no balcão de uma bar. Davion comemora a execução de mais um dragão, enquanto Mirana aguarda seu misterioso encontro com um informante afim de recuperar suas Flores de Lótus roubadas.

São 10 episódios de curta duração, em torno de 25 minutos, onde tentamos nos familiarizar com esse universo. O corajoso Davion, traumatizado por ter perdido toda sua família e vila no fogo de um dragão, decidiu transformar-se em um caçador de dragões. Mirana por outro lado faz parte de uma seita que adora a deusa Selemene, cujo templo foi usurpado por uma elfa exilada chamada Fymryn, que roubou as tão desejadas Flores de Lótus. A princesa sente-se culpada por ter permitido que a flores tenham sido roubadas. Ela e Kaden abandonam o templo em busca das flores roubadas.

Davion em uma nova empreitada acaba por enfrentar um enorme dragão Slyrak, mas pela ironia do destino ambos acabam lutando contra um inimigo mais poderoso e demônio Terrorblade que se apropria dos corpos e das almas de outros seres. Durante o embate, Slyrak morre, mas ao misturar seu sangue com o de Davion, ambos começam a habitar um único corpo.

Os caminhos de Mirana e Davion voltam a se cruzar assim que Mirana consegue se livrar de uma emboscada proporcionada pelo elfo mercenário e quando Davion começa a se dar conta de que está se tornando um dragão. Ambos acabam indo de encontro ao grande sábio Invoker, que ja foi amante de Selemene, com a qual teve uma filha que faleceu pela negativa da deusa em salva-la.

Selemene sem conseguir suas preciosas Flores de Lótus lança mão de uma vingança sanguinária contra a população de elfos exilados, enquanto sorrateiramente Invoker planeja sua vingança contra a ex-amante.

Como vocês podem ver trata-se de uma história extremamente complexa com personagens que não tem nada de plano, são personagens profundos e contraditórios, cheios de desejos e frustrações. Nada comparado com outras adaptações de games para o cinema, como os fracos Resident Evil e suas intermináveis sequências, Lara Croft, Mortal Kombat ou o infame Monster Hunter.

Uma surpresa no catálogo da Netflix que tive a felicidade de encontrar e assistir superando o meu preconceito contra animes.

Crítica por: Fabio Yamada. 

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