"MONSTER HUNTER" - 2021
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Mais um filme baseado nos mundos dos games dirigido por Paul W. S. Anderson (Resident Evil). A franquia de games chamada de Monster Hunter teve seu lançamento no PlayStation 2 há mais de 17 anos atrás, tornando-se um dos games mais vendidos do mundo, encontrando um público cativo principalmente entre os japoneses. A franquia tem mais de 15 games diferentes que foram lançados quase que anualmente desde sua criação. Portanto, em vista do potencial mercadológico do material original esperava-se muito mais de sua adaptação cinematográfica.
Na história do filme, logo de cara somos apresentados a um grupo de soldados americanos de várias etnias diferentes (temos um casal branco, um casal negro, um hispânico e um oriental). Eles estão no meio do deserto tentando desvendar o desaparecimento de um outro grupo de rangers (provavelmente um affair da protagonista). A protagonista é Artemis (Milla Jovovich, casada com o diretor) que é a líder do grupo.
Rapidamente o grupo é atingido por uma tempestade de areia que os faz caminhar por um corredor cheio de artefatos antigos que os direciona a um novo mundo cheio de dunas e monstros. Toda a viagem temporo-espacial entre realidade paralelas é recheada de nuvens, raios, halos azulados e muitos capotamentos.
Ao chegar no novo mundo, eles encontram os restos mortais da equipe desaparecida que aparentemente foi fulminada com chamas. Do alto de um grupo de pedras próximo, um local, que depois receberá o nome de Hunter (Tony Jaa) tenta em vão avisa-los dos perigos que o aguardam.
Um imenso dragão com chifres que navega sob as dunas ataca o grupo, enquanto eles tentam fugir em direção a montanha de pedra. Alguns sobrevivem para chegar a montanha, para serem imediatamente atados por imensas tarântulas que se utiliza dos novos hospedeiros para procriarem.
Desse novo ataque, somente a líder Artêmis sobrevive, para logo em seguida se aprisionada por Hunter. As tentativas de comunicação e as cenas de luta entre os dois personagens geram os melhores momentos cômicos do filme. Eles se juntam para destruir o grande diablo das dunas.
Uma pequena recapitulação, o filme na verdade se inicia com um pequeno prólogo, onde Hunter acaba por se separar de seus amigos, durante um ataque do Black Diablo a um veleiro que navega pelas dunas, capitaneado por Admiral (Ron Perlman).
Artemis e Hunter, após eliminarem o Black Diablo, vão em direção a uma tal de Torre Alta que serve como portal entre os dois mundos. Lógico que no meio do caminho, eles encontram novos monstros e reencontram os antigos amigo de Hunter.
Tudo isso, para ilustrar as diferentes fases dos jogos com seus inúmeros monstros fantásticos, mas sem gerar um pingo de empatia com o público. Os efeitos especiais dão conta do recado, mas heróis que matam monstros enormes já existem desde os seriados televisivos japoneses, os chamados Tokusatsu.
Não existe a menor intenção do diretor em se aprofundar nesse universo ou de desenvolve-lo melhor e tornar os monstros mais complexos, transformando-os em seres que desejam destruir por destruir. O filme se transforma em uma série de belas sequências de ação sem nenhum tipo de mitologia que una seus fragmentos. Um produto para consumo rápido com gosto insípido e totalmente esquecível.
Crítica por: Fabio Yamada.
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