"CÉU VERMELHO-SANGUE" - 2021
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Um filme de suspense alemão que inova associando dois gêneros clássicos, filmes de sequestro de avião com filmes de vampiros.
Diferentemente do aterrorizante (no mal sentido) filme americano “Serpente a Bordo” de 2006 com Samuel L. Jackson ou do modorrento “Plano de Voo” com Jodie Foster que cada um a sua maneira tentaram inovar em seus gêneros utilizando como locação o interior de uma aeronave em pleno voo que fracassaram plenamente, essa produção européia não tem medo de arriscar e consegue conquistar o espectador com suas reviravoltas mirabolantes.
Na história acompanhamos o embarque de Elias (Carl Antom Koch, excelente) e sua mãe Nadja (Peri Baumeister) no voo que cruzaria o Atlântico. Nadja tem a intenção de realizar um tratamento nos Estados Unidos. Através de flashbacks somos apresentados ao passado da família de Nadja, onde durante uma viagem de carro sob uma nevasca eles são obrigados a se abrigar em uma casa abandonada onde são atacados por uma criatura que mata o pai de Elias e fere superficialmente Nadja.
Após a decolagem da aeronaves um grupo terrorista chefiado por Berg (Dominic Purcell) assume o controle do avião. Eightball (Alexander Scheer), um dos membros do grupo toca o terror entre os tripulantes, assassinando cruelmente alguns passageiros. Assustado com a abordagem dos terroristas, Elias tenta se esconder com Nadja no compartimento de carga, mas ela acaba sendo abatida pelos tiros de Eightball.
Farid (Kais Setti) um membro comum da tripulação, após ser obrigado pelos terroristas a gravar uma mensagem em árabe assumindo o sequestro e ameaçando explodir o avião, acaba por consolar Elias em vista da suposta morte de sua mãe.
Nadja acaba ressuscitando após ingerir o sangue dos inocentes cães que viajam no compartimento de carga. A partir de então fica claro para o espectador que a tal doença misteriosa de Nadja nada mais é que sua sede incontrolável de sangue. No entanto, ela consegue controlar seus instintos vampirescos na presença do filho. Nadja com a cabeça raspada, olhos vermelhos e presas a mostra retorna para o andar dos passageiros e vai matando um por um os terroristas, no entanto a tripulação não sabe se tem mais medo dos terroristas ou da heroína monstruosa.
Após uma reviravolta improvável que inclui o roubo de um pouco de sangue da vampira boazinha, mãe e filho se trancafiam na cabine do piloto e planejam pousar o avião, mas isto é apenas o início do filme que ainda trará inúmeras reviravoltas empolgantes que deixarão o público chocado ou revoltado com as escolhas do roteirista.
O filme aparenta ter sido produzido com um bom orçamento, pois não deixa nada a dever para produções americanas do gênero, com maquiagem e efeitos especiais de primeira. O frescor que sentimos ao assistir o filme, relembra a sensação de outro releitura de filmes de gênero produzido fora do território americano, o magnífico "Train to Busan” de 2016, onde zumbis enlouquecidos atacavam um trem de passageiros coreanos.
Um boa pedida para aqueles espectadores paranóicos que não conseguem dormir a bordo de aviões, mesmo por que sabe lá quando poderemos voar novamente em voos transcontinentais. Acredito que ainda estaremos muito mais assustados com esse vírus mortal do que temendo a presença de terrorista que ameacem explodir aviões, a parte boa disso é que o uso obrigatório das máscaras ajuda a esconder as presas vampirescas.
Crítica por: Fabio Yamada.
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