Crítica: "THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW”

"THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW” - 1975

Um dos filmes mais cultuados de todos os tempos. 

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Ele bateu todos os recordes de permanência de tempo de exibição em salas de cinema. Um mistura de ficção-científica, horror, comédia e ainda discute conceitos de gênero e sexualidade.

O filme começa com uma cena icônica de lábios femininos cantando a música “Science Fiction - Double Feature" dublados por uma voz masculina. A história propriamente dita começa com o casamento insosso de Janet (Susan Sarandon em um de seus primeiros papéis) e Brad (Barry Bostwick). Eles saem do casamento e viajam para a casa do Dr Everett Scott (Jonathan Adams), que eventualmente aparece em intervalos da história quebrando a quarta parede. No caminho, o veículo deles quebra e eles arranjam abrigo em um castelo do Dr Frank N Furter (Tim Curry fabuloso em seu primeiro papel), como um travesti extra-terrestre da  transexual do planeta Transilvânia. Ele vestido com um espartilho, meia arrastão e todo maquiado é lacrador.

Existem várias referências aos filmes de terror e ficção-científica da década de 50, na verdade, é uma paródia a esses filmes, começando pela música tema. Recheado de números de dança com músicas inesquecíveis. Os personagens típicos, como o mordomo corcunda, a governanta gostosa e macabra, além de um Frankenstein metaleiro, Eddie (Meat Loaf).

Furter é um alienígena que teoricamente veio para terra analisar o comportamento humano, mas acaba vivendo de festas e orgias sexuais. Ele mata seu ex-amante Frankenstein com uma picareta, após conseguir criar o ser humano perfeito Rocky Horror (Peter Hinwood), um loiro com corpo escultural, afim de satisfazê-lo sexualmente.

Frank Furter assedia sexualmente com sucesso, tanto Janet quanto Brad, tendo relações sexuais com os dois. Um metáfora para a liberdade sexual vivida na década de 70, mostrando que o que era visto como a vida normal (representada pelo casal Janet e Brad) desmoronou abrindo as portas para um novo comportamento de vida (mas aí veio a AIDS e botou tudo abaixo novamente).

Um clássico absoluto que mistura todos os gêneros do cinema. Um filme imperdível para quem nunca viu e uma reprise deliciosa para quem aprecia um filme transgressor. Provavelmente o filme que deu origem ao cosplay em sessões icônicas com espectadores fantasiados como os personagens do filme.


Crítica por: Fabio Yamada

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