"DISTRITO 9” - 2009
O filme de ficção científica que sacudiu o mundo em 2009, trazendo um respiro para o gênero cinematográfico. Trazendo uma visão sobre alienígenas até então nunca vista no cinema.
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O filme já começa diferente pelo local onde se passa a história. Os alienígenas pousam (ficam flutuando) sua nave, não em cidades como Londres, Nova Iorque ou Paris, mas sim em Joanesburgo. Sim claro, o diretor Neil Blomkamp é sul-africano. Mas o que acontece de praxe é que os alienígenas invadem um país e lá estão os americanos para salvar o mundo. Não é bem o que acontece aqui.
Alguns vão dizer, que o diretor faz uma colcha de retalhos com os clichês do gênero. Sim é verdade, mas ele consegue construir uma história sólida, empolgante e com várias camadas de leitura.
O filme começa com uma linguagem de documentário, narrando acontecimentos de 20 anos, atrás quando os alienígenas chegaram e foram encontrados à deriva em sua nave. Os imigrantes extraterrestres foram realocados em campos de refugiados, que com o passar dos anos, transformaram-se em favelas. Isso deu origem a um aumento do nível de criminalidade, com venda de armas alienígenas, prostituição, roubos e assassinatos.
A população humana segregou os visitantes, apelidando-os de camarões, descriminando sua espécie. Grande multinacionais surgiram para explorar suas tecnologias e incrementos biológicos. Uma dessas empresas a MNU ficou responsável pela interação dos humanos com os alienígenas e agora tem como missão transferi-los para um distrito mais distante da cidade. A impressão que temos e a de estarmos vendo uma re-integração de posse de terrenos invadidos na periferia de cidades brasileiras.
O nosso protagonista Wikus (Sharlto Copley) é o burocrata responsável por essa transferência. Ele é casado com a filha do dono da MNU, com quem tem um difícil relacionamento. Wikus acaba infectado por uma estranha patologia devido a um ferimento durante uma visita ao distrito 9. A infecção progride e ele acaba começando a adquirir a forma de um alienígena, começando pelo seu braço.
Wikus vira alvo de desejo dos cientistas que querem saber o que está acontecendo e de repulsa por parte da população. Ele encontra refúgio apenas em meio aos alienígenas, que tanto ele desprezava.
Um filme imperdível que usa os alienígenas para falar sobre preconceito, imigrantes e diversidade. As vezes, não é preciso mudarmos de cor ou de forma para podermos nos colocar no lugar do outro.
Crítica por: Fabio Yamada.
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