"O Guardião Invisível” - 2017
Um thriller psicológico com toques de fantasia e terror.
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Trata-se de um filme espanhol que se passa na região basca de Navarra (Norte da Espanha - quase fronteira com a França). O ritmo do filme é lento e cerca por atmosfera de mistério e terror.
A protagonista Amaia (Marta Etura) é um investigadora da polícia que nasceu na cidade de Elizondo, mas mora na cidade de Pamplona com seu marido James (Benn Northover), artista plástico. Ela foi chamada para investigar uma série de assassinatos de adolescente na cidade interiorana e conservadora. A família de Amaia tem uma fábrica de doces Salazar, comandada por sua irmã Flora (Elvira Minguez), com quem Amaia tem uma difícil relação. Amaia abandonou a cidade e a família por ter sofrido diversos abusos por sua mãe Rosário (Susi Sánchez/ Mirren Gaztañaga), quando criança. Rosário foi diagnosticada com esquizofrenia e permanece internada em uma clínica da cidade. Os assassinatos continuam ocorrendo e a imprensa local e os moradores começam a estabelecer uma relação entre o criminoso e a lenda de Bazajaun, um deus protetor da floresta na mitologia basca, criando uma clima místico de fantasia na trama.
Muitas surpresas e reviravoltas são apresentadas na trama (precisa prestar atenção - é muita informação). Os pontos altos do filme são a interpretação forte da protagonista, a fotografia que transforma a paisagem bucólica em um labirinto chuvoso de terror. No entanto, a metáfora entre o guardião invisível da floresta (que a princípio deveria proteger as pessoas e a floresta) e as relações entre pais (mães) e filhos desse povoado e da própria protagonista, é o que guia a história. As pessoas do povoado trocaram o instinto materno e protetor por uma indiferença e preconceito conservador, que cega ou estimula o surgimento de monstros capazes das maiores atrocidades em nome da moral e bons costumes.
Crítica por: Fabio Yamada
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