Crítica: Um Grito de Liberdade

"Um Grito de Liberdade" - 2019

Os pontos positivos ainda se sobressaem sobre os negativos nesse melodrama turco, dirigido por Mustafa Kotan.

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O filme aborda a relação de Nazli (Özge Gürel) e sua mãe Ayse (Sumru Yavrucuk), uma mulher que teve uma vida muito limitada e por isso sonha com oportunidades diferentes para sua única filha. O que a princípio é estabelecido como uma relação dicotômica, (entre uma mãe "santa" e uma filha "egoísta"), consegue ser melhor desenvolvido em uma construção mais aprofundada dessas personagens.

Ao sair da vila onde mora, e romper com suas raízes, Ayse tenta se livrar do sufoco de ser superprotegida, do ambiente abusivo e de tudo o que sua mãe representava e sofria. O título "Um Grito de Liberdade", no entanto, não faz jus ao nome do filme em sua língua nativa. "Annem" em turco, significa "Minha mãe".

Apesar da filmografia bem trabalhada, com atores competentes, os principais aspectos negativos se encontram no exagero da dramaticidade de algumas cenas. É um típico drama turco, com doses de drama. A obra traz também um recorte bastante superficial das tradições turcas e do que significa o empoderamento feminino por lá, o que poderia ser melhor construído, não fosse o "egoísmo" da personagem principal.

Ainda assim, mesmo para quem não é fã desse gênero, você pode se surpreender. Viu o filme e discorda de mim? Há! Coloca a cara aí nos comentários ;)

Crítica por: Bebel de Andrade

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