Crítica: Morte Às Seis da Tarde

“Morte Às Seis da Tarde” - 2018

Um thriller policial polonês muito interessante. 

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O roteiro obviamente inspirado em Seven, apresenta uma lenda fictícia na qual uma autoridade da Idade Média instituiu uma Semana de Pragas, onde diariamente um transgressor seria assassinado por seus crimes. As mortes realmente são espetaculares, principalmente a que envolve um cavalo correndo pela cidade.

Na história temos duas mulheres protagonistas, Helena e Magda, duas detetives empoderadas que investigam uma série de assassinatos inspirados na lenda medieval. A interpretação de Malgorzata Kozuchowska é um show a parte, uma personagem contida prestes a explodir que carrega uma angústia, fugindo do estereótipo detetive machona (a composição lembra Rooney Mara como Lisbeth, mas sem tatugens e piercings).

O cenário é a cidade de Breslávia ou Wraclow (quarta maior cidade da Polônia) considerada por muitos a Veneza do norte. O protagonismo feminino ativo em um filme de suspense sombrio já valeria o bilhete, mas as reviravoltas do enredo com uma pitada de crítica social fazem desse filme uma grata surpresa. Fique de olho no final, com uma homenagem ao filme de David Fincher, uma surpresa que envolve uma caixa.

Fabio Yamada

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