Crítica: Long Strange Trip: A Viagem do Grateful Dead

"Long Strange Trip: A Viagem do Grateful Dead" - 2017

A série documental, Long Strange Trip: A Viagem do Grateful Dead (Long Strange Trip, 2017), leva o espectador numa viagem de 6 episódios de quase 1 hora cada para mostrar o quanto a banda Grateful Dead está intrinsecamente relacionada com a contracultura americana. Dos beatniks aos primeiros testes com LSD: o Grateful Dead é parte fundamental do movimento hippie. 


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O documentário de Amir Bar-Lev possui um forte caráter de tributo a banda californiana, explorando diversas de suas características e fases: suas viagens de ácido, seus shows que eram verdadeiras jams de improviso, sua música e postura anticomercial, o muro de som formado por uma parafernália sem fim de mais de 500 caixas de som, os roadies que formavam a grande família Dead, a redescoberta e revival dos anos 80, os deadheads (fãs da banda) que atravessavam o país para acompanhar suas turnês, as inúmeras fitas cassetes de shows captados pelos próprios fãs e assim por diante.

No fim o documentário se revela uma linda e melancólica homenagem a um dos fundadores do Grateful Dead: o vocalista e guitarrista Jerry Garcia. A série mostra como uma pessoa que começou toda essa história para se divertir, em busca da liberdade e da conexão com as pessoas, sucumbiu com o peso da responsabilidade, sendo sugado pelo sistema e mercado fonográfico até entrar numa espiral de autodestruição que o levou em 1995. Tendo Martin Scorsese como um dos produtores, Long Strange Trip é uma viagem que merece muito ser percorrida. Até por quem se considera careta.

Disponível na Prime Video

Geovany Hércules

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