“Little Joe” - 2019
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Alice é separada e vive com Joe, que passa a maior parte do tempo solitário e deprimido. Seu assistente Chris (Ben Whishaw sempre perfeito) tem uma queda por ela e tenta se aproximar, sendo sempre rejeitado. Alice sente-se ameaçada quando o filho começa a pensar em morar com o pai e leva escondido a pequena flor para casa para deixar o filho mais feliz.
O ambiente asséptico do laboratório contrasta com a beleza do ballet das flores. Não espere banhos de sangue, sustos ou perseguições. O verdadeiro horror da história está na metáfora com o mundo atual que vive uma epidemia do mal da alma (depressão), onde todos procuram desesperadamente a tal felicidade vendida pelo mundo da publicidade. Um mundo onde a tal satisfação suprema vem encapsuladas nas drogas dos traficantes ou nos anti-depressivos da indústria farmacêutica (aqui vem no pólen - ecológico?).
As vítimas dessa flor tornam-se zumbis que apresentam um certa euforia mesclada com apatia, perda de senso crítico, com pouca modulação de expressão, exceto pela devoção a nova flor. A maior ironia do filme é que todos personagens atingem seus supostos objetivos que lhe trariam felicidade, todos tem um final feliz após aspirarem o pólen.
Crítica por: Fabio Yamada
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