Crítica: Universo Anime

"Universo Anime" - 2019

A Netflix é cara de pau! Universo Anime (Enter the Anime, 2019) não passa de um documentário promocional dos animes produzidos ou distribuídos pelo próprio streaming, como Castlevania, Baki, Aggretsuko, Knights of Zodiac, Ultraman e etc.


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O filme de Alex Burunova fica entre o bom gosto e o mau gosto: o Japão apresentando por ela ora é muito rígido e sufocante ora é excêntrico em excesso. A união de documentário reflexivo e intimista com documentário promocional sobre os bastidores das produções da casa não dá liga: Burunova mistura a busca sobre o que é um anime com a busca de si mesmo enquanto cineasta (wtf!). Suas digressões chegam a ser irritantes e constrangedoras.

É um documentário em cima do muro: não sabe se glamoriza ou traz um retrato mais pungente da indústria e seus criadores. Na real ele mais glamoriza do que tudo e de maneira bem brega (repare na edição e nas frases de efeito). Não sei se a diretora não conhecia nada sobre animes mesmo ou era só pose, mas alguém precisava avisá-la que o Ocidente tem contato com as animações japonesas já tem bastante tempo!

Enfim, melhor assistir animes em que os próprios japoneses abordam a sua indústria, como Bakuman (2010), Shirobaku (2014) ou o último episódio de Golden Boy (1995), do que esse documentário condescendente.

Geovany Hércules

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