Crítica: O Silêncio Do Pântano

"O Silêncio Do Pântano” - 2019

O novo papel de Pedro Alonso, o Berlin de La Casa de Papel é uma mistura de Dexter com Doutrinador. 

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No filme O Silêncio do Pântano de Marc Vigil (El Ministerio del Tiempo) tenta criar um escritor psicopata que baseia as histórias de seus livros nos depoimentos de suas vítimas, geralmente malfeitores. No entanto, o ator não tem talento ou tempo em tela para criar um personagem consistente, a narração em voice over é uma constante no filme.

A escolha da cidade de Valência como cenário é um ponto positivo, com suas paisagens pouco exploradas e a belíssima arquitetura criada por Santiago Calatrava na Cidade das Artes e das Ciências. O pântano do título referente ao solo aterrado da cidade e a metáfora com juncos e seres rastejantes seriam mais interessantes se utilizados visualmente.

O antagonista e os personagens secundários são planos, meros clichês para ilustrar a corrupção na cidade (sobrando até para o Brasil em certo momento) e não ganham força para o embate final. E que final? Parece que nem o diretor acreditou no final do próprio filme e achou que precisava de uma reviravolta, utilizando um recurso brilhante (ironia) para um protagonista escritor.

Fabio Yamada

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