Crítica: Legado Nos Ossos

“Legado Nos Ossos” - 2020

O filme Legado nos ossos, para muitos que não sabem, é a continuação do filme O Guardião Invisível, o segundo livro de uma série de Dolores Redondo intitulada Trilogia de Baztán. O terceiro filme Oferenda à Tempestade seria lançado em março no Festival de Málaga que foi adiado na vigência da pandemia do coronavírus.


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No filme continuamos seguindo a história de Amaia Salazar que deu a luz a seu filho, Ibai. Ela está em processo de mudança para Elizondo e após o sucesso das investigações do filme anterior assumiu o cargo de inspetora chefe. Os crimes agora se iniciaram com atentado a uma igreja católica, no qual depositaram ossos de uma criança no altar da igreja. Uma série de assassinatos de mulheres com mutilação de seus corpos associados ao posterior suicídio de seus companheiros depois de presos se misturam com rituais de magia negra e lendas de bruxas. Se já não bastasse tudo isso, ainda temos uma interação maior entre Amaya e sua mãe esquizofrênica que acaba fugindo da clínica psiquiátrica.

Tudo culmina com um dilúvio que inunda a cidade trazendo a tona uma série de antigas ossadas da cidade. Eu adoro essa mistura de crimes brutais, bruxaria, lendas antigas e sobrenatural (True Detective). Dirigido novamente por Fernando González Molina, tanto a fotografia quanto as paisagens do norte da Espanha ajudam na construção do clima de mistério e suspense. O elenco continua tão competente quanto no primeiro filme. Além da participação maior da mãe de Amaia (Susi Sánchez), temos Leonardo Sbaraglia (como promotor Juez), Imanoel Arias (padre Sarasola) e Manolo Solo (como Dr. Basterra). No entanto, o desfecho assim como no primeiro filme tenta solucionar tudo tirando uma carta surpresa da manga, jogando luz sobre toda aquela aura de mistério sobrenatural.

Fabio Yamada

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