Crítica: A Chegada

"A Chegada” - 2016

Um filme de ficção científica filosófico no estilo do filme Solaris. Mais uma pérola do versátil diretor Denis Villeneuve (Sicário e Blade Runner 2049) que nesse filme faz uma magnífica adaptação do livro A história de sua vida de Ted Chiang.


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Um filme de ficção científica filosófico no estilo do filme Solaris. Mais uma pérola do versátil diretor Denis Villeneuve (Sicário e Blade Runner 2049) que nesse filme faz uma magnífica adaptação do livro A história de sua vida de Ted Chiang.

Na história temos uma especialista em línguas, Louise (Amy Adams) e um físico Ian (Jeremy Renner) que são convocados para se comunicar com extra-terrestres que chegaram a Terra. Os extra-terrestres paracem polvos gigantes mergulhados em um tanque (lembram de Duna). Alguns efeitos especiais e um clima de suspense e tensão, mas tudo isso é uma camuflagem para falar sobre linguagem, comunicação.

Se alienígenas chegassem aqui como nos comunicaríamos com eles? Como saberíamos que eles vieram em paz ou não? O filme extrapola para o ser alienígena para falar do outro, que pode estar ao seu lado ou ser de uma nação distante. Falar da nossa dificuldade de comunicação com o outro e de enxergar o outro como igual.

O filme estabelece uma relação entre conhecimento e linguagem, forma e conteúdo, formando um elemento único (ideograma). Onde os elementos conectados formam uma mensagem. Os acontecimentos do passado e futuro fazem parte da trajetória de nossas vidas, guiadas por nossas escolhas, num continuum que se fecha como um círculo. O conhecimento do futuro modificaria suas ações no presente?

Uma obra de arte do criador de Incêndios e O Homem Duplicado (Estou ansioso pela refilmagem de Duna).

Fabio Yamada

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