Crítica: Primer

"Primer" - 2004

O filme mais realista e confuso sobre teorias de viagem no tempo. 

🔑🔑🔑🔑🔑 



Uma pérola da ficção científica. O filme foi filmado com US$ 7.000,00. A maior parte do elenco do filme faz parte da produção. O protagonista Aaron, vivido por Shane Carruth é o diretor e roteirista. O antagonista Abe (David Sullivan) é o produtor assistente. Outro personagem vivido por Anand Upadhyaya é o cameraman. O que eu quero dizer com isso é que um dos melhores filmes de ficção científica, um gênero que costuma ter orçamentos exorbitantes, foi filmado por um grupo de amigos que tiveram uma ideia, juntaram pouco dinheiro e se filmaram. Genial.

No filme, não existe aquela narração tediosa que explica as teorias científicas. Somos jogados na história como mais um dos integrantes do grupo que estão realizando o experimento. No decorrer do filme, em meio aos paradoxos temporais, tanto os personagens não sabem em que versão de realidade estão, assim como nós, espectadores. Existem vários blogs e sites na internet que tentam explicar os paradoxos temporais do filme, mas isso não é o mais importante. O cenário ordinário (uma garagem de casa) e a forma despretensiosa de como o filme foi produzido o deixa mais realista, aproximando-se do público.

Os dias e situações se repetem (dia após dia no mesmo local - Quarentena?). Permita-se se perder e se confundir nas inúmeras realidades possíveis dessa deliciosa viagem no tempo. A sensação de estar perdido faz parte do jogo. Assim como na vida.

Fabio Yamada

Comentários