"O Poço"
Nota: 🔑🔑🔑🔑 de 5
O Poço (The Platform, 2019), primeiro longa-metragem do espanhol Galder Gaztelu-Urrutia, é aquele tipo de filme que sua narrativa é uma grande metáfora cujo objetivo é passar uma mensagem ao espectador.
Como espectador, eu não curto muito esses filmes metafóricos, mas O Poço é simples e objetivo, possui uma lógica interna e construção de mundo e personagem que não se perdem na grandiloquência, ou seja, não é só a mensagem pela mensagem, existe uma preocupação estilística, dramática e narrativa.
O filme é uma distopia sobre a solidariedade e o egoísmo humano: numa prisão vertical os presos são alimentados por uma plataforma, que se nos primeiros níveis está cheia de comida, nos últimos os presos tem que se contentar com as sobras ou nada. E aprender a conviver com a fome...
A montagem é esperta e a narrativa não perde tempo com momentos mortos, os personagens rapidamente se deparam com situações extremas cheias de ambiguidades morais e éticas. Com um final aberto que rende discussões, O Poço é uma distopia gore política pessimista sobre a natureza humana.
Crítica por Geovany Hércules
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