"Endorfina" - 2015
Um achado esse filme canadense exibido no Festival de Toronto. O filme faz uma brincadeira com o conceito fílmico do tempo, fazendo uma analogia entre o registro cinematográfico e a vida.
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Na história temos uma protagonista, Simone, que testemunhou o brutal assassinato de sua mãe causando traumas psicológicos que a acompanham na vida adulta. Deixando um pouco de lado, que a personagem não é bem desenvolvida e algumas incongruências do roteiro. O conceito de que a percepção do tempo pode modificar nossa realidade é fantástica. Afinal como se dá a nossa percepção do tempo, através da captação de imagens pela nossa retina. (Calma! Os cegos também tem percepção do tempo). No entanto, se analisarmos as passagens do tempo de um filme pelos frames por segundo, uma mudança nessa velocidade alteraria por completo nossa percepção, seria outro filme. Será que isso se dá também na vida real, através de lapsos de memória? Como seria a nossa percepção da realidade. Essa é a brincadeira do filme. A protagonista se desconectou da realidade devido ao trauma. Quais são as consequências para sua vida? No entanto, a pergunta mais importante. Será que todos nós temos a mesma percepção de realidade que os outros? Será que os estímulos externos são percebidos de formas diferentes para cada um? Ou vivemos em filmes individuais cada um com sua realidade. E se expandirmos isso para os outros sentidos?
Fabio Yamada
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