Crítica: Babylon Berlin

“Babylon Berlin” - 2017 /2020

Babylon Berlin, um seriado para os órfãos de Sense8. 

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Não, na verdade, isso seria uma enganação. O novo trabalho de Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra e Cloud Atlas) é um trabalho de época. A história se desenvolve na Berlin de 1929, em plena crise pós-primeira guerra e revolução marxista.

O seriado conta a história noir de um inspetor de polícia, Gereon Rath, que se envolve com o submundo de drogas, prostituição e assassinatos, misturando com conspirações de revolucionários russos que desejam derrubar Stalin do poder.

O trabalho instiga como uma sociedade empobrecida monetariamente e moralmente torna-se um terreno fértil para origens de um regime fascista. Sugere que após longos períodos de crise, a sociedade está anestesiada com o sofrimento do outro e pode tornar-se cúmplice de verdadeiras atrocidades, usando a moralidade e religiosidade com desculpa (Algum similaridade?).

O seriado apresenta com novos olhares uma metrópole corrompida retratada através dos olhos dos alemães. Uma nova visão se comparada com as versões americanas. Um trabalho de época magnífico, com fotografia e trilha sonora surpreendentes.

O cinema alemão foi uma das escolas de cinema mais proeminentes antes da guerra, arrasada pelo cinema americano.

Um lembrete que depois de uma grande crise sempre pode surgir uma guerra.

O seriado está disponível pelo serviço de streaming da GLOBOPLAY no Brasil.

Crítica por Fabio Yamada

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