"A Mula" - 2018
Clint Eastwood é um puta diretor e ator.
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Não sei se é por causa do seu estilo clássico e simples de contar histórias ou por suas convicções políticas republicanas e conservadoras, mas uma coisa é certa: seus últimos filmes passaram despercebidos do grande público e do prestígio da indústria. Uma pena porque são aulas de cinema.
Em A Mula (The Mule, 2018), ele volta ao papel do tiozinho ranzinza, meio reaça e meio fora do seu tempo, floricultor e veterano de guerra (grupo social desassistido nos EUA), que num momento de crise acaba aceitando o serviço de mula para o cartel de drogas. Ganhando credibilidade pelo bom trabalho, Earl (Clint) vai chamando atenção tanto dos seus chefes quanto da polícia enquanto vai repensando a forma como abandonou sua família afetivamente.
Assim como em Gran Torino (2008), Clint consegue de maneira simples e orgânica à narrativa, discutir questões importantes como masculinidade e paternidade, além de criticar o racismo e preconceito contra as classes minoritárias do seu país. Com um final ao mesmo tempo tocante e tenso, Clint Eastwood é patrimônio cinematográfico mundial que devia ser mais prestigiado e valorizado.
Geovany Hércules
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