“A Camisinha Assassina” - 1996
A Camisinha Assassina de 1996, um filme B ou C, se é que existe essa categoria.
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Já foi considerado um dos piores filmes de todos os tempos. A história se resume a um inspetor de polícia que investiga castrações causadas por uma camisinha assassina. O filme é uma paródia com o cinema americano de gênero, começando por tratar-se de um filme alemão cuja a história de passa em Nova Iorque e todos os personagens falam em alemão (uma provocação?). Trata-se de uma brincadeira com os filmes noir, todos os clichês desse tipo de filme são distorcidos. Luigi Mackeroni, o inspetor protagonista é um baixinho, gorducho, bem dotado e homossexual. A femme fatale é um ex-policial que virou uma drag queen. A donzela em perigo é um jovem prostituto. Até a narração em voice over do protagonista divagando sobre seus dilemas está lá.
Um filme sobre uma camisinha assassina em plena era da AIDS não passa bem uma mensagem politicamente correta. No entanto, se pensarmos um pouco melhor podemos considerar que a camisinha assassina é uma metáfora para a própria doença. O vilão principal é uma fanática religiosa que quer livrar a sociedade das prostitutas, homossexuais e pervertidos. Eles não esquecem nem a paranoia americana com os chineses (as coisas não mudam).
Um filme direcionado para o público LGBTQ+, mas todos podem se divertir com esse monstro irreverente. Detalhe, a camisinha assassina extra-large lembra o monstro do filme “Predador".
Fabio Yamada
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